Embora não seja um novo conceito, e inclusive para quem não sabe, é regulamentado pela Lei 13.467 na Consolidação das Leis do Trabalho no Brasil, o home office só se tornou presente na vida de milhares de pessoas em março de 2020.
Como qualquer outra situação, a modalidade de teletrabalho divide opiniões e notamos duas possíveis percepções sobre o assunto:
1ª - “Eu amo trabalhar em casa. Não preciso me apressar, não tem trânsito, posso acordar mais tarde; é ótimo”.
2ª - “Eu odeio trabalhar em casa. Não consigo me concentrar, não me organizo direito e meu dia parece improdutivo; é péssimo”.
Independente do posicionamento, a questão aqui é que as empresas conheceram as vantagens desse estilo de rotina, já que, para elas, o home office é sinônimo de economia em muitos aspectos: menos ajuda de custo com transporte, menos aluguel, menos gastos com energia e internet, enfim. Tudo isso quer dizer que, não vai ter jeito, o home office vai se manter em muitas organizações por um longo, se não “eterno”, período.
Mas como se adaptar?
Tanto para quem gosta quanto para quem odeia, o trabalho em casa precisa ser bem estruturado para dar certo; e quando dizemos “dar certo” não é só no sentido profissional, mas também pessoal e mental.
Veja algumas dicas que podem ajudar:
- Nova vida e nova rotina
Se você ainda não criou e/ou adaptou a sua rotina antiga à nova realidade, a hora é agora.
Pense: quando era preciso ir para o trabalho, provavelmente havia o timing certo para acordar, um tempo pra se arrumar e a hora limite para chegar a empresa. Então, por que não reinventar esse processo?
Uma rotina estruturada permite à você preparar o seu dia e ainda facilita a organização. Tenha a mesma mentalidade de quando se saía de casa:
- Acordar no horário x
- Tomar café
- Se arrumar (mesmo que ninguém vá te ver), etc
- Defina o seu “office”
Muito semelhante a definição da jornada, também é essencial escolher o cantinho que será o seu “office”. Nas primeiras semanas a gente se virou no sofá, na mesa da cozinha, no puff, enfim; porém esses locais não são apropriados e prejudicam nossa postura.
A escolha do lugar também nos aproxima do que tínhamos antes, já que traz a memória da nossa mesa no escritório (pode até personalizar para ficarem iguais).
- Controle seu tempo
Um dos possíveis “contras” do home office mesmo para quem gosta de estar em casa, é o tempo que se dedica ao trabalho. Se você vive essa realidade, aposto que com certeza já passou do seu horário para terminar alguma demanda MUITAS vezes.
Como antes a maior parte das organizações restringiam o acesso remoto aos dados; quando a carga horária terminava não tinha muito o que se fazer, íamos para casa e pronto, fim do dia.
Mas, depois que o mundo virou de ponta cabeça e o home office era a única solução para continuar as atividades, inevitavelmente foi concedido o acesso total à rede e/ou nuvem, e isso nos deu a possibilidade de estender nosso tempo dedicado ao trabalho.
Algumas pessoas podem até pensar: “mas isso é ótimo, meu dia rende muito mais”; e sim, você consegue mesmo fazer mais no trabalho, mas deixa de dar atenção a outras áreas que também importam como a família, filhos, ou até as atividades de bem estar e lazer.
Não é de hoje que diversos profissionais da psicologia ou até mesmo da área de recursos humanos indicam: “trabalho excessivo é problema”. Se isso é sua realidade, volte lá na etapa de organização da rotina e defina mais um ponto pra lista: se você tem hora pra começar, também tem que ter para acabar.
Home é home. E office é office!
A mistura de “vidas” tem sido um fator de empecilho nessa nova realidade.
Aliás, convenhamos, todo mundo sabe que é difícil porque, de repente, a casa continua sendo a casa, mas agora também é um escritório.
Baseado nesse fato que se deve pôr em prática as dicas anteriores:
A rotina vai te lembrar da organização que você tinha no escritório.
Seu cantinho definido separa sua casa do seu espaço de trabalho.
E o tempo estabelecido contribuirá para o seu bem estar, seu descanso e consequentemente sua produtividade.
A frase “novo normal” pode soar como um clichê, mas descreve perfeitamente os próximos anos, e cabe a nós criar o nosso novo jeito de ver, e lidar com as dinâmicas da vida moderna.
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